CINEMA: Planeta dos Macacos – A Guerra

Planeta dos Macacos – A Guerra (War For The Planet Of Apes) é o encerramento da trilogia que funciona tanto quanto um reboot como também um prelúdio da obra original que se iniciou nos anos 70, assim como o segundo filme da franquia, o encerramento foi dirigido e co-escrito pela diretor Matt Reves, o longa está concorrendo ao Oscar 2018 na categoria Melhores Efeitos Visuais.

A Guerra já começou, macacos começaram a guerra e humanos não vão perdoar.

Planeta dos Macacos – O Confronto

Após os eventos do filme anterior, Caesar (Andy Serkis) e seu grupo estão vivendo na floresta distante dos humanos mais uma vez; porém, como de costume, os humanos aparecem mais uma vez para tirar a paz dos macacos.

Liderados pelo impiedoso Coronel (Woody Harrelson), soldados atacam o grupo de Caesar no meio da noite e cometem atos que forçam o líder dos macacos a lutar contra os seus próprios princípios e deixar seu bando para buscar vingança.

Em sua busca por vingança, Caesar conta com alguns de seus mais próximos amigos como aliados, como o orangotango Maurice (Karin Konoval), o chimpanzé Rocket (Terry Notary), o novato e maravilhoso alívio cômico Bad Ape (Steve Zahn) e a humana que já não é mais tão humana Nova (Amiah Miller). Mas como assim, humana que não é mais tão humana?

Aparentemente o vírus criado por Will Rodman (James Franco) lá no primeiro filme, além de não curar o mal de Alzheimer, objetivo pelo qual o vírus foi criado, e causar uma neurogênese que aumenta o QI dos símios, também vai reduzindo o QI dos humanos e transformando-os aos poucos em animais irracionais. Isso sim que eu chamo de plot twist!

Temendo a extinção, o Coronel passa a aprisionar os macacos que consegue capturar e os obriga a trabalhar em um muro que ele está construindo para protegê-los em uma guerra que está acontecendo entre os próprios humanos, aqui há sim uma crítica a ideia tosca do muro de Trump.

Apesar de sua perícia, Caesar acaba sendo capturado e submetido ao carcere com os demais símios capturados, ele é forçado a enfrentar seus princípios e seus traumas adquiridos no filme anterior quando houve a traição encadeada pelo Koba, traição esta que ainda gera frutos, uma vez que macacos que estavam do lado do vilão agora trabalham com os humanos que escravizam e aprisionam os macacos. Sendo assim, a guerra do título pode ter um significado bem maior e diferente do que se pode presumir ao assistir ao trailer do filme.

O longa tem a duração de 2 horas e 20 minutos, que pelo menos para mim, passaram voando! A captura do movimentos é tão incrível que é de cair o queixo no balde de pipoca e a trilha sonora e fotografia também estão irretocáveis, apenas o 3D não é necessário, como na maioria dos filmes que se utilizam dessa tecnologia atualmente.

Porém, Planeta dos Macacos: A Guerra está longe de ser o filme perfeito que andam pintando por aí, pois há aqui a utilização excessiva do recurso deus ex-machina. Para quem não conhece, o termo refere-se ao surgimento de um personagem, artefato ou evento inesperado, artificial ou improvável, introduzido repentinamente numa trama ficcional com o objetivo de resolver uma situação ou desemaranhar um enredo. Algumas pessoas podem não ver grandes problemas na utilização do recurso, eu particularmente detesto e acho que pelo menos em um dos vários momentos em que o filme se utiliza do recurso, ele menospreza a inteligência do público.

Planeta dos Macacos: A Guerra é um encerramento decente para a nova trilogia dos símios no cinema, sendo o principal acerto o arco de Caesar que foi muito bem desenvolvido e encerrado aqui de uma forma maravilhosamente bem executada e a fantástica utilização de efeitos de captura de movimento atreladas as ótimas atuações do elenco. Ouso dizer que não seria surpreendente que essa nova trilogia venha a se tornar um grande clássico das grandes telas.

Quantos cafés Planeta dos Macacos: A Guerra merece?

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