LIVRO: Assassinato no Expresso do Oriente – Agatha Christie

Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express) é um romance policial escrito pela rainha do crime Agatha Christie, o livro foi publicado em 1934 e é a minha segunda leitura de obras da autora.

A estória se passa dentro de um trem luxuoso no ano de 1934, quando a tranquila viagem é interrompida por dois fatores: a neve e um misterioso assassinato. Porém, para a surpresa dos passageiros e azar do assassino, Hercule Poirot está a bordo da composição, então, caberá a um dos mais conceituados e famosos detetives organizar uma minuciosa investigação para descobrir quem é o assassino a bordo do Expresso do Oriente.

– É uma boa frase – replicou Poirot. – O impossível não pode ocorrer, mas o impossível pode ser possível a despeito das aparências.

A vítima do assassinato é o americano Ratchett que chegou a confiar ao próprio Poirot que sabia que seria morto naquela composição, portanto Poirot precisa descobrir quais dos passageiros estariam envolvidos no crime, além de suas motivações para cometer tal ato. Todos os indícios apontam para pelo menos dois criminosos, mas seria isso realmente, ou seria um truque de um assassino para despistar o detetive? Quem era esse Ratchett e afinal se tinha tanta certeza de sua morte, por que não entregou seu assassino?

O fato do crime ter ocorrido simultaneamente a uma tempestade de neve também teve certa função na trama, pois a composição foi forçada a parar antes de chegar em uma das estações onde faz parada antes de chegar ao destino final, impedindo assim que o assassino conseguisse fugir. Agora, todos os passageiros estão presos, em uma tempestade de neve e com dois potenciais assassinos a bordo.

Eu gosto de ação em livros policiais, mas é compreensível que esse livro não tenha muita ação, uma vez que estão todos os personagens presos dentro da locomotiva. Uma característica que não me agradou muito no livro foram os esteriótipos dos personagens no que se refere as suas nacionalidades, eu até entendo a autora ter feito isso pelo contexto histórico da época em que foi escrito, mas, me incomoda o fato de um personagem tomar como certa uma pessoa como suspeita só porque pessoas de tal país são agressivas e costumam brigar com facas.

A leitura é extremamente fluída, eu não tive nenhum problema de ritmo ao ler, o livro é dividido em três partes e uma delas é somente de depoimentos colhidos por Poirot e mesmo assim a leitura flui, pois é bem interessante fazer o papel de detetive e tentar pegar pistas aqui ou acolá se baseando no comportamento dos entrevistados.

Eu adoro quando um livro de romance policial permite ao leitor investigar junto com o detetive e aqui isso acontece, porém, não sinta-se o pior detetive do mundo caso não consiga decifrar o crime, pois é uma solução bem surpreendente e que me agradou muito, não só pela revelação, mas também pela atitude de Poirot diante dela.

“O Assassinato no Expresso do Oriente” é a minha segunda experiência com a obra da Rainha do Crime e eu já estou apresentando indícios de vício, a obra é bem escrita, com todos os elementos necessários para um bom romance policial, pelo menos todos os elementos possíveis dentro daquele contexto, e com uma solução bem criativa que me agradou muito. O livro ganhará uma adaptação que estreará nos cinemas brasileiros no dia 30 de Novembro e é claro que vou conferir e trazer aqui as minhas impressões para vocês. Você é fã de Agatha? Qual é o próximo livro da autora que você me recomenda?

Grande abraço e até o próximo café!

Quantos cafés “O Assassinato no Expresso do Oriente” merece?

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