Astronauta Assimetria é o sucessor do álbum Astronauta Singularidade, projeto da Graphic MSP de adaptar e atualizar algumas das obras de Mauricio de Sousa.
Em Assimetria temos de volta a dupla Danilo Beyruth (história e arte) e Cris Peter (cores), fato nada surpreendente, uma vez que o trabalho dos dois artistas até agora foi maravilhoso.
Sinopse: Em Astronauta – Assimetria, o que era uma missão investigativa em Saturno se transforma numa aventura com desdobramentos absolutamente imprevisíveis.
Se “Magnetar” era permeado pelo tema solidão e “Singularidade” evidenciava obstinação, aqui vemos o resultado das escolhas que o Astronauta Pereira fez para a sua vida.
Eu fiquei com um pouco de receio antes de abrir esse terceiro volume, pois havia sentido falta da emoção do primeiro volume que ficou devendo em “Singularidade”, mas aqui, o Astronauta voltou a conseguir transmitir a emoção que me cativou em seu primeiro álbum.
Após os eventos de “Singularidade” o Astronauta Pereira resolve tirar férias, o álbum começa com o personagem contemplando seu momento de folga, até que por um infeliz mal entendido, o personagem desiste das férias e retorna para a BRASA – Brasileiros Astronautas e tenta encontrar uma missão que o tire da Terra, fugindo mais uma vez de seus problemas.
Astronauta logo é convocado para uma missão, pois a BRASA está preocupada com picos de energia que estão acontecendo no polo norte de Saturno, então, nosso astronauta vai até Saturno e vamos descobrindo características do planeta, como seus anéis, furacões e uma tempestade em forma de hexágono localizada no polo norte do planeta.
Devido a uma fenda interdimensional, o Astronauta acaba encontrando com o seu eu de uma dimensão paralela, o Astronauta Pereira mais velho, casado com Rita que está grávida e com uma filha chamada Isabel! É em meio a esse encontro inusitado que o nosso personagem se vê obrigado a enfrentar seus demônios internos, principalmente encarar o fato de que a maioria dos seus problemas são decorrentes de suas próprias escolhas do passado.
Como se não fosse o bastante, todos são obrigados a enfrentar uma entidade em Saturno, entidade essa interessadíssima em descobrir um pouco mais sobre o ser-humano, descobrir de uma forma nenhum pouco bonita de se ver!
Os traços de Beyruth estão ainda mais fluídos e bonitos, isso sem mencionar as cores de Cris Peter, o álbum inteiro é maravilhoso, mas há duas páginas em especial que dá vontade de arrancar do encadernado, emoldurar e colocar na parede, trabalho sensacional!
“Assimetria” em seu terceiro ato provocou em mim algo que o seu antecessor não conseguiu provocar, eu simplesmente preciso de uma sequência desse álbum para ontem, pois preciso saber de que forma o Astronauta vai lidar com o resultados dos eventos desse terceiro ato e quais serão as consequências da reflexão que ele teve, definitivamente preciso logo dessa nova aventura!
Quantos cafés “Assimetria” merece?
Aceito esse exemplar de presente ou emprestado 🙂
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