No mês passado eu pude prestigiar a exposição “Hitchcock – Bastidores do Suspense” que está acontecendo aqui em São Paulo no MIS – Museu da Imagem e do Som e nesse post vou compartilhar com vocês um pouco da experiência e do que eu aprendi sobre esse notável cineasta, responsável por filmes clássicos como a incrível adaptação de “Psicose” (1960), “A Janela Indiscreta” (1954) e “Um Corpo que Cai” (1958).
Quando falamos em exposição no MIS já é uma evidência de que a experiência será fantástica, todas as exposições que eu conferi por lá, “O Mundo de Tim Burton”, “Stanley Kubrick” e “Castelo Rá Tim Bum”, foram espetaculares e carrego ainda certos detalhes na memória, pois as mostras do MIS costumam ser interativas e completamente imersivas, então, se você aprecia a arte do cinema ou simplesmente é fã de Alfred Hitchcock, sua presença nessa exposição é obrigatória.
Alfred Hitchcock (1899 – 1980) foi um diretor, roteirista e produtor que chegou a dirigir cinquenta e três longas durante a sua carreira. Como o curador da mostra André Sturm diz, Hitchcock não apenas criou filmes, irônico, instigante, inteligente e provocador, meticuloso e detalhista, entrava no set de filmagens com as cenas milimetricamente planejadas, e acompanhava de perto todas as etapas de seus filmes que produzia.
Hitchcock é tão único que virou adjetivo, definidor de um universo característico.
Filho do verdureiro William Hitchcock, Alfred se viu obrigado a começar a trabalhar com dezesseis anos como técnico na Henley Telegraph and Cable para ajudar no sustento de sua família após a morte de seu pai. Já em 1919, Alfred conseguiu um emprego na produtora cinematográfica Famous Players-Lasky, subsidiária londrina da norte-americana Paramount Pictures, onde desenhava inter títulos para os filmes.
E não demorou muito para que, uma vez inserido no mundo do cinema, Hitchcock começasse a se interessar pelo assunto e em 1922 já investia pela primeira vez na direção. Posteriormente, foi contratado por diversas outras produtoras ao longo de sua carreira, tendo até mesmo fundado a sua própria entre 1948 e 1949, porém, a empreitada de criar a Transatlantic Pictures não foi tão bem sucedida e o fracasso na empreitada fez com que ele voltasse a assinar contratos com produtoras.
A carreira do mestre do suspense foi cheia de altos e baixos, porém, a qualidade de suas produções, até mesmo aquelas inicialmente criticadas como “Um Corpo que Cai” é indiscutível, o cineasta durante a sua carreira foi indicado cinco vezes ao prêmio de melhor diretor do Oscar, porém, somente em 1968 foi premiado pela academia com o Prêmio Irving Thalberg que homenagearia sua carreira completa, além deste, Hitchcock venceu um Globo de Ouro pela série de televisão “Alfred Hitchcock Presents” – série que produziu e apresentou entre 1955 e 1962 com 268 episódios com meia hora de duração cada – e prêmios especiais pela sua carreira completa, tais como, o Prêmio Cecil B. Demille, o BAFTA Fellowship Awards, o Directors Guild of America e o AFI.
Todos os detalhes e muitas outras curiosidades sobre a carreira e as produções do cineasta você pode conferir na exposição que fica no MIS até o dia 21 de Outubro. A exposição busca traçar um panorama da vida e obra do diretor por meio de uma expografia imersiva e interativa, que tem como conceito levar o visitante a um set de filmagens e você pode conferir mais detalhes e adquirir seu ingresso para a mostra diretamente no site do MIS, lembrando que às terças-feiras a entrada é gratuita.
Além de poder conferir documentos, trechos inéditos das produções do cineasta, fotos, posteres de suas produções, peças cenográficas, storyboards, maquetes e figurinos, há também uma experiência de escape-room, onde o visitante é convidado a solucionar um mistério que o tirará do quarto de ninguém menos que Norman Bates, tendo ao final da experiência a oportunidade de andar pela casa de cenográfica rica em detalhes do mesmo personagem.
Abaixo você pode conferir algumas fotos que fiz durante a minha visita, grande abraço e até o próximo crime café!

Fotografia por Lucas Moreira – Todos os Direitos Reservados

Fotografia por Lucas Moreira – Todos os Direitos Reservados

Fotografia por Lucas Moreira – Todos os Direitos Reservados

Fotografia por Lucas Moreira – Todos os Direitos Reservados

Fotografia por Lucas Moreira – Todos os Direitos Reservados
Incrível Luke! Fiquei com inveja!
CurtirCurtido por 1 pessoa
Torce pra exposição ir para o RJ 🤩
CurtirCurtir
Luke, que matéria incrível. Sem duvidas gostaria de visitar esta exposição, já vi o filme Um Corpo que Cai e gostei bastante.
Beijão
CurtirCurtido por 1 pessoa
Que bom que gostou Isa! A exposição tá linda DEMAIS!!!
CurtirCurtir