“SAFE” é uma série policial de mistério que resultou da parceria entre a Netflix e o autor Harlan Coben, um dos grandes nomes contemporâneos do suspense, essa parceria já é um sucesso e rendeu ao autor um contrato de mais 14 séries e filmes a serem produzidos para a plataforma de streaming. Um dos grandes, senão o maior nome da literatura policial contemporânea, Coben desenvolveu essa estória inédita para a Netflix em uma temporada com oito episódios.
Na trama, Tom Delaney (Michael C. Hall) é um cirurgião viúvo que mora em um condomínio de luxo com suas duas filhas. Quando Jenny (Amy James-Kelly), a filha mais velha, e seu namorado Chris (Freddie Thorp) desaparecem após uma festa, Tom começa a ficar preocupado, mas somente quando o cadáver de Chris é encontrado boiando em um lago que o cirurgião percebe que o desaparecimento é mais grave do que aparentava.
Diante da morosidade da polícia, Tom decide investigar o desaparecimento da filha por conta própria, com ajuda de seu amigo Pete (Marc Warren) que conheceu na época me que serviam o exército. Aos poucos, os amigos vão descobrindo os segredos sombrios dos vizinhos que vão se mostrando extremamente suspeitos, todo mundo ali tem aquele ar de mistério, aquela aura de que esconde alguma coisa, características encontradas comumente nas obras do autor.
Temas como desaparecimento, pessoas normais tendo que seguir pistas de crimes diante da falta de interesse ou incompetência das autoridades e constantes reviravoltas não são exatamente elementos novos na narrativa de Harlan Coben, e também não são novidades em tramas do gênero, porém, cliché nenhum faz com que a série seja desinteressante, pois o ritmo da narrativa e seus constantes mistérios e reviravoltas são suficientes para prender o telespectador, “Safe” tem aquele ritmo irrefreável que uma boa trama policial precisa ter.
A cada episódio o roteiro brinca jogando suspeitas atrás de suspeitas e as descartando quase que imediatamente quando uma nova pista mais provável aparece, o telespectador mal resolve um mistério e já se vê dentro de outro.
A série traça um paralelo interessante entre segurança, segredos e auto-preservação, mostrando que não adiantam muros, dinheiro, adventos tecnológicos ou quaisquer outros artifícios, quando sentimos que nossa segurança, ou a segurança de um segredo nosso que nos coloca em risco de alguma forma, é colocada à prova, tendemos sempre à auto-preservação, alguns indo mais longe que outros para ocultar seus cadáveres.
“SAFE” é uma série para ser assistida em uma tacada só, o ritmo é envolvente, o mistério é intrigante e a resolução do caso faz jus ao cerne do roteiro. Contudo, algumas coisas atrapalham e impedem que a série seja mais que regular, embora eu ame o trabalho de Michael C. Hall, creio que ele não tenha sido uma boa escolha para interpretar um pai desesperado para encontrar a filha, ao meu ver, falta emoção, falta desespero, ficou faltando atuação, o que sinceramente me dói bastante admitir e é bem complicado quando trata-se do personagem principal da trama. Além disso, apesar de tratar-se de uma ficção, o roteiro deveria ter sido mais cuidadoso com alguns aspectos que impedem que certos momentos pareçam pelo menos um pouco críveis. Cheia de reviravoltas, com segredos sendo revelados, castelos ruindo e um ritmo frenético, Safe fica devendo no quesito emoção e acaba sendo apenas mais uma série ok da Netflix.
Quantos cafés “SAFE” merece?
Eu gostei dessa série e concordo com você sobra a atuação do ator que interpreta o pai. No geral, conseguiu me prender até o fim.
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O papel não combinou em NADA com ele 😦
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