“Buscando…” (Searching) é a primeira produção do diretor novato Aneesh Chaganty a ganhar destaque em festivais e acabou de chegar aos cinemas essa semana. Com John Cho, Michelle La e Debra Messing no elenco, o longa chama atenção pela sua proposta inovadora.
Na trama, David Kim (John Cho) é um pai desesperado com o desaparecimento da filha menor de idade Margot (Michelle La) e nesse desespero, acaba invadindo o notebook da filha para explorar sua vida digital e encontrar indícios do que pode ter ocorrido.
As pesquisas do pai auxiliam a Detetive Vick (Debra Messing) a tentar solucionar o caso, por ter trabalhado em inúmeros casos de desaparecimento, Vick sabe que detalhes e agilidade nas investigações são cruciais.
A premissa está longe de ser original, o que surpreende aqui é o formato escolhido para a criação do longa-metragem. O filme nos convida a mergulhar na mente de um pai desesperado e enxergar com seus olhos todas as tentativas que ele faz para encontrar a filha, como essas tentativas são realizadas a partir do notebook e das redes sociais de Margot, acompanhamos seu Facebook, Instagram, mensagens de texto, arquivos de vídeos e fotos, quando se faz necessária a presença dos atores em cena, as videochamadas cumprem a função de demonstrar a troca de diálogo.
Essa opção por criar o longa nesse formato foi extremamente acertada aqui, eu fiquei preso ao filme e me dava vontade de pegar um mouse e ajudar David a desbravar o universo digital e particular de Margot e é justamente esse o ponto alto do filme, a capacidade de gerar empatia e a inevitável imersão na estória e no desespero de David, todos os recursos utilizados serviram para tornar o longa crível em um nível que eu nunca vi.
Além de tudo isso, o filme também se propõe a tocar em alguns assuntos que concernem o ambiente digital, como por exemplo, o julgamento feito por pessoas nas redes sociais e também o oportunismo em prol de likes, essas criticas acontecem em apenas duas cenas mas tem um poder de reflexão incrível e vai te deixar com um gosto amargo na boca até o final da sessão.
A conclusão do longa só será decifrada por aqueles que possuem uma boa memória e guardam detalhes na mente. Depois de ver tantas telas de mensageiros, navegadores, pastas e redes sociais em cena, eu não percebi um detalhe gritante que poderia ter me feito decifrar o longa bem antes de sua conclusão, que não é só satisfatória, como faz todo o sentido dentro do contexto do longa que diz muito sobre o conhecimento que os pais possuem sobre seus filhos, a funcionalidade de suas relações e o instinto de proteção.
“Buscando…” é um longa com uma proposta arriscada, uma montagem enervante, atores muito bem escalados e que cumprem tão bem sua função que você esquece que são pessoas atuando, criticas pontuais muito bem inseridas e uma estória de mistério, suspense e drama de fazer você ficar com os olhos grudados na tela, ou nesse caso, em todas as telas.
Quantos cafés “Buscando…” merece?
Quando vi o trailer não me interessou em nada, pois achei que era apenas uma variação do filme Amizade desfeita, mas agora, depois dessa resenha fiquei com vontade de conferir!
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Eu não assisti “Amizade Desfeita” ainda e depois desse seu comentário nem pretendo kkkk, mas eu gostei bastante desse e a forma com a qual ele foi montado colabora MUITO pra imersão na estória que é super intrigante. Espero que goste e que não desfaça a amizade por aqui kkkk
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Tenho visto resenhas bastante positivas sobre este filme. quero muito assistir.
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Eu fui assistir sem ler nada à respeito, só tinha visto o trailer, sem expectativa alguma e achei maravilhoso!
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