Essa semana chegou aos cinemas o novo “Halloween”, a continuação direta do filme de 1978 e o confronto final, ou não, de Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) contra o assustador e brutal serial killer mascarado Michael Myers (James Jude Courtney e Nick Castle), o longa foi dirigido por David Gordon Green e como um grande fã de filmes slasher, não poderia deixar de conferir.
Uma dupla de jornalistas especializados em investigar assassinos em série faz uma visita ao sanatório onde o terrível Michael Myers encontra-se encarcerado, a visita faz mais mal do que bem e ao expor a máscara usada pelo assassino, os jornalistas despertam em Myers a vontade de abandonar a aposentadoria. O caso de Myers não intriga somente o público e os jornalistas, o psicólogo responsável pelo seu tratamento há décadas ainda não conseguiu tirar sequer uma palavra do monstro, ninguém consegue entender as motivações daquele que ficou conhecido como o assassino de babás há 40 anos.
Laurie Strode é uma mulher traumatizada, a babá que escapou das garras do serial killer mascarado, vive se preparando para um provável retorno do seu algoz, com isso, criou sua filha Karen (Judy Green) em um ambiente de medo, ensinando-a à lutar, atirar e defender-se com todas as armas possíveis. Essa educação resultou em uma relação pouco amistosa entre as duas e anos depois, agora casada e com uma filha adolescente Allyson (Andi Matichak), Karen não aparenta ter mais paciência para o trauma da mãe.
Considerada por muitos como a louca da cidade, Laurie se preparou por décadas para confrontar seu algoz e quando a notícia de que o ônibus que faria a transferência de Myers para um outro sanatória, um dia antes da noite de Halloween, foi encontrado vazio no meio da estrada junto com diversos corpos de pessoas assassinadas de forma escabrosa, Laurie percebe que a fama valeu à pena.
Myers foge e começa a sua matança desenfreada pela cidade em plena noite de Halloween, matando pessoas aleatoriamente e sempre de forma muito violenta, não há aqui inovações na forma com que o assassino mata suas vitimas, mas as cenas são fortes e brutais, estamos falando de um serial killer que gosta de destruir o crânio das vítimas batendo suas cabeças na parede. O que mais assusta em Myers é justamente o fato dele matar aleatoriamente, de forma brutal e com a máscara de semblante plácido e um ar calmo, como se estivesse fazendo compras em um sábado de manhã e sempre sem dizer uma única palavra.
A direção conseguiu capturar o ambiente do original e acrescentar elementos novos que condizem com a passagem de tempo da estória, você fica o tempo todo procurando Myers em cena, tentando descobrir onde ele vai aparecer e quem ele vai matar enquanto o personagem caminha entre crianças pedindo doces durante uma das maiores datas comemorativas dos Estados Unidos. Há uma cena em plano sequência muito bem executada que evoca a cena de abertura do clássico, me deixou bem feliz!
Preciso dizer aqui que os homens nesse filme, assim como no mundo real, fazem merda atrás de merda, ainda bem que temos três mulheres duronas para encarar o serial killer! Inclusive, o único momento que me incomodou no longa é protagonizado pelo psicólogo responsável por cuidar de Myers, ainda bem que passou rápido e a ideia daquela cena não foi para frente, pois teria destruído o filme facilmente.
As três gerações de mulheres que encabeçam a produção é o ponto alto do longa, há grandes surpresas quanto aos aspectos comportamentais das personagens, principalmente de uma delas que me fez gargalhar e urrar ao mesmo tempo em uma cena que acontece mais para o final. É claro que como todo filme slasher temos alguns clichês, porém os clichês aqui, pelo menos para mim, bateram como uma homenagem ao gênero, desde o psicopata com uma força sobre-humana, até personagens tomando atitudes burras, como correr para a floresta no escuro quando há uma estrada mais iluminada logo à frente. Halloween não está isento de defeitos, há pelo menos duas cenas bem desconexas que não precisariam estar no longa e essas cenas enfraquecem o resultado.
Jamie Lee Curtis está incrível em cena, representando uma mulher usou a dor do trauma para construir uma fortaleza, se armar e preparar todos à sua volta para um último confronto com o monstro que a atormentou por décadas, aqui ela vai além de sua fama de Rainha do Grito, “Scream Queen” sim, mas com muita atitude e poder de fogo!
Como telespectador e amante do gênero, preciso dizer que me diverti muito assistindo ao filme, mesmo com todos os seus absurdos, cenas telegrafadas e falas totalmente previsíveis, gente, eu basicamente falava uma coisa e ela acontecia logo depois, foi divertidíssimo.
“Halloween” não é nenhuma reinvenção do slasher, não é nenhuma obra prima do cinema de terror, mas cumpre seu papel de divertir, assustar e entreter muito bem o telespectador durante sua exibição, eu sai do cinema rindo, com o coração quentinho e com vontade de ver mais. Não poderia encerrar essa resenha sem uma das melhores falas do longa: – Central, parece que há alguém ferido. Quem assistir vai entender e rir, com certeza.
Quantos cafés “Halloween” merece?
Quero assistir!!!
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É muito divertido hahahah
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