A CCXP é o habitat natural de todo consumidor de cultura pop, uma feira onde você pode ser aquilo que você quiser e, quando eu falo isso não é brincadeira. Durante a feira eu quase fui atropelado por um grupo de pessoas trajadas de dinossauros e foi uma das coisas incríveis que aconteceram nessa edição que marca o quinto ano de evento.
Se você acompanha o blog, sabe que ano passado eu passei um sufoco tentando entrar no auditório da Cinemark para ver os famigerados painéis e que jurei que não faria mais papel de trouxa nesse evento, pois bem, eu não fiz papel de trouxa e ainda assim consegui conferir algumas entrevistas e ver de perto atores, atrizes e diretores que admiro, pois esse ano, a organização da CCXP montou uma espécie de passarela onde os artistas passavam para se encaminhar para as entrevistas comandadas pelo time do Omelete, além de reproduzir flashes das entrevistas que aconteciam dentro dos painéis. Foi uma novidade super bem vinda e ainda colocaram alguns banquinhos de frente para o telão para que as pessoas pudessem assistir e descansar. Assim, eu consegui ver Brie Larson (Capitã Marvel), Tessa Thompson (que estava lá para promover o novo filme da franquia MIB), Adam Robitel (Diretor de Escape Room), Andy Sirkis (que estava lá para promover o filme Mogli: Entre dois mundos) e Jake Gyllenhaal, Tom Holland e Jacob Batalon que apareceram no evento de surpresa para divulgar o filme “Homem-Aranha: Longe de Casa”.
Os estandes estavam bem concorridos, não participei de muitos como no ano passado. Nessa edição algumas produtoras inventaram de agendar horário e distribuir senhas para as atrações, o que não foi uma decisão muito justa com o público geral, eu tentei durante os dois dias conseguir agendamento para as atrações do estande da Warner e não consegui, pois assim que as inscrições abriam, as vagas esgotavam. As filas estavam impossíveis, mas é algo que não encaro mais como um problema, é o normal para eventos de grande porte, as atrações que consegui participar foram legais, mas não houve nenhuma experiência extraordinária nesse quesito.
Sem dúvidas, a parte que eu mais gosto do evento é o Artist’s Alley! Para quem não conhece, o Artist’s Alley é uma sessão da feira reservada para artistas nacionais e internacionais, onde eles podem vender seus trabalhos e conhecer seu público mais de perto. Eu como público fico muito feliz de ter a oportunidade de conhecer pessoas das quais admiro o trabalho, pois são verdadeiros guerreiros, ser artista no Brasil não é tarefa fácil. Essa oportunidade de ter contato com pessoas que admiro é o meu ponto alto do evento SEMPRE, você vai ver à seguir que mais uma vez, acabei me excedendo. Tive apenas um problema no Artist’s Alley pela primeira vez em três anos de participação no evento e infelizmente foi com um artista que eu admirava, mas foi um fato isolado que não merece mais crédito do que as experiências incríveis que vivenciei por lá.
Sábado foi o dia que escolhi para correr direto para o Artist’s Alley, pois sabia que muita coisa poderia esgotar naquele mesmo dia e que as filas estariam impossíveis se eu deixasse para mais tarde, mas mesmo assim não consegui comprar tudo que queria (minha lista de desejados kkkk).
Logo que entrei no AA dei de cara com a mesa do Ryan Smallman, o ilustrador do Omelete, e eu sabia que ele estaria ali com o lançamento do seu primeiro quadrinho, o “Busker”. O Ryan foi extremamente gentil, me explicou o conceito do quadrinho, conversamos um pouco sobre suas inspirações e sobre o Camilo Solano, lembro que ele me perguntou se eu conhecia o trabalho do Camilo e eu logo avisei que era super fã, então ele me mostrou que o Camilo foi responsável pelo prefácio do quadrinho e revelou que esse trabalho possui une suas duas paixões, o desenho e a música, a canção retratada na estória existe e foi criada pelo Ryan e sua namorada. O trabalho é descrito como uma história de amor entre um artista e sua arte.
Já que falei de Camilo Solano, comprei o “re-exista”, seu novo quadrinho e o “Praga de Sexta-Feira Santa” do seu irmão Aldo Solano. Como sempre, me diverti muito na mesa dos dois, o Aldo fez uma graça na dedicatória do quadrinho dele que foi simplesmente impagável, meu novo amigo de infância! O “re-exista” é uma reflexão sobre a atualidade em doze páginas e o “Praga de Sexta-Feira Santa” é mais um dos causos que se passaram em São Manuel, lembram do Badida?
Eu não poderia deixar de passar na mesa do Denis Mello, eu amo demais o trabalho dele e tinha apoiado um pacote de extras de Teocrasília no Catarse, aproveitei também para pegar o “Teocrasília: Edição Histórica”, pois só havia lido de forma digital. O Denis foi bem simpático e eu tenho muito orgulho dele, pois ele pauta sua arte naquilo que acredita e retrata o nosso cenário contemporâneo como poucos tem a coragem de fazer. Agora eu tenho o pacote todo de Teocrasília em casa e não vejo a hora de expandir a coleção!
Por falar em Catarse, fui retirar meu apoio ao quadrinho do Bruno Moraes, o “Porco (00)” que é um quadrinho de narrativa experimental feita em pixel art sobre um casal de exploradores espaciais, seu computador de bordo e seu porco. O Bruno foi um fofo e o quadrinho está lindo demais, além do quadrinho recebi três mini prints e uma cartela de adesivos como recompensa pelo apoio ao projeto!
Ainda na sessão Catarse, fui buscar o meu “Uma Página Só”, o quadrinho da Camila Abdanur, que basicamente é um compilado de sete histórias em quadrinhos com toda uma narrativa contada em apenas uma página de papel. Além do quadrinho recebi uma cartela de adesivos das personagens do quadrinho e tive que comprar dois adesivos, um da Sestra mais louca e incrível da série “Orphan Black” e um da Katniss, que dei de presente 😀
A Camila estava no corredor C e o corredor C nessa edição do evento era a coisa mais maravilhosa do mundo e EU POSSO PROVAR! Eu finalmente tive coragem de me aproximar da lenda viva Aureliano, a.k.a Oi, Aure. Lembro que na CCXP de 2017 eu nem consegui me aproximar da mesa dele, tamanha era minha timidez kkkk, esse ano eu venci essa besteira e GENTE, Aureliano é uma pessoa iluminada, fofa, daquelas que dá vontade de guardar num potinho. Ele assinou o meu exemplar de “Mercúrio Cromo”, viu as páginas que eu marquei durante a minha leitura e eu não consegui me segurar quando vi um print dele que me fez lembrar uma canção da Pitty. Enfim, eu nem sei como, mas consegui pedir até foto! Ah, eu também comprei os auresivos e eles são lindos.
Do ladinho do Aureliano estava o igualmente ser de luz Helder Oliveira. Lembra que eu disse que corri para o Artist’s Alley com medo que o que eu queria comprar tivesse esgotado? Pois bem, o zine “Dark Days In The Summer” tinha esgotado, mas consegui comprar um print da Sabrina e a cartela de adesivos do Helder. Também consegui pedir foto, mas não consegui ser ousado o suficiente para pedir para ele me transferir um Corsola no Pokémon Go.
Ainda no corredor C, fui buscar o meu famigerado “Passa Anel” o quadrinho criado em conjunto pelo Fits e pela Nicole Janer, ambos uns fofos! Lembro que quando passei na mesa deles, o Fits perguntou meu nome, depois a Nicole perguntou: Lucas é normal? Aí eu viajei pensando, será que eu respondo que sou normal? kkkkk deu um bug, mas a credencial me salvou do embaraço kkkk. Eu não tive coragem de pedir fotinho para os dois, mas de novo, são DOIS FOFOS!!! O quadrinho conta a estória de Samu e Bel, dois grandes amigos que encontram um anel mágico com um poder ancestral.
Por falar em fofura, a mesa obrigatória do casal mais fofo do mundo também foi uma das paradas do Luke no Artist’s Alley. Peguei o quadrinho novo da Eiko, o “Quadrinhos A2 Não Oficial” e os zines novos do Crumbim, “Ruína”, “Kettling!”, “Firehouse!” e “Schadenfreude!”.
Também fui conferir o novo lançamento do Thiago Souto, o “Por muito tempo tentei me convencer de que te amava”, e aproveitei para levar o zine “Timelapse” e um print lindo do quadrinho mais lindo que eu li esse ano, o “Labirinto”. Nesse novo trabalho, o quadrinista deixa a fantasia de lado para falar sobre a cidade de São Paulo, sobre o que ela tem de melhor, em uma ode à diversidade, à convivência.
Ainda falando de, coisas que eu queria comprar mas esgotaram, fui correndo na mesa do Paulo Moreira retirar o meu “Mar Menino” que havia apoiado no Catarse e de quebra comprar um exemplar do quadrinho “Mizera”, porém, o “Mar Menino” já havia esgotado e a menina que estava na minha frente na fila pegou o último exemplar de “Mizera”, MIZERAAAAAAA, ainda bem que ainda tinha “Operação Dragão Negro” para consolar meu coração de fã atrasado.
Um projeto que eu não consegui apoiar no Catarse, mas fiquei muito feliz por ter conseguido comprar durante o evento, foi o “O Devaneio no Jardim” do Márcio Willian e gente, que simpatia! Mal cheguei na mesa e já ganhei um exemplar do zine “Humberto”, além de super simpático, o Márcio tem um traço muito pecúliar que me agrada demais, é um traço que eu descreveria como MISTERIOSO, não sei se isso faz sentido. No quadrinho, Thomas foge do Nazismo embarcando em uma jornada incerta e acaba parando em uma floresta misteriosa habitada por seres falantes e passa a vagar em busca de uma saída.
Já no domingo, quase ao final da minha empreitada e das minhas forças, consegui ainda fazer algumas compras e ganhar coisas lindas! Foi o caso do print do Soldado Invernal feito pela incrível Adriana Melo e o print dos X-Men feito pelo talentoso Lucas Werneck, também consegui comprar três adesivos da Bianca Mol, um deles já virou capa do meu Bullet Journal de 2019!
Além disso, pude conhecer o Tiago Oaks, autor de ” O Filho da Queda: O Herege” que foi super simpático e me encheu de presentes, eu já havia comprado mais cedo o quadrinho “Legado Vudakol” que é um trabalho roteirizado pelo Oaks, com capa dele e ilustrações do Ricardo Sousa e acabei ganhando o print do quadrinho e duas edições de “Zémurai” que estou louco para ler logo, muito obrigado pelo carinho Tiago!
Encerrei a minha participação no evento super feliz com toda a experiência que a CCXP consegue proporcionar para os fãs de cultura pop, em que outro lugar eu conseguiria ver atrizes, atores e diretores internacionais de pertinho, conhecer os artistas nacionais que eu admiro e conseguir bater um papo sobre os trabalhos, descolar um abraço, ter uma foto de recordação, ser quase atropelado por dinossauros? Enfim, é uma experiência única e que eu vou continuar repetindo enquanto eu tiver forças para andar por aquele pavilhão imenso e lotado. Grande abraço e até o próximo café!
Toda vez que venho aqui saio com vontade de conhecer novos artistas e de tomar café. Que experiência incrível, que pelo jeito você aproveitou ao máximo!!!
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Até hoje sinto dores de tanto andar naquele pavilhão hahahah Abração Rodrigo!
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