“Homem Aranha: No Aranhaverso” finalmente estreou, a animação que adapta as histórias em quadrinhos do personagem Miles Morales/Homem-Aranha, que se passa em um multiverso chamado de “Aranhaverso”, ganhou às telas pelas mãos dos diretores Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman que também roteirizou o longa ao lado de Phil Lord.

Na trama, Peter Parker morre ao tentar impedir que o Rei do Crime abrisse um portal para várias dimensões, objetivando encontrar uma versão substituta para sua esposa e filho, passando o bastão do Homem-Aranha para Miles Morales, um adolescente que vive no Brooklyn com seu pai policial e sua mãe enfermeira.

Miles não está muito feliz com a sua realidade, ele recentemente teve que trocar sua escola no Brooklyn por um colégio particular elitista onde claramente se destaca por ser diferente do público alvo daquele lugar, seu pai não entende que o caminho que parece ser o melhor, talvez não seja, seu super-herói favorito acabou de morrer pelas mãos do Rei do Crime e ele não pôde fazer nada para ajudar, pois ainda não domina seus poderes recém-adquiridos e, a única missão da qual foi incumbido por Peter antes de morrer, acaba sendo um tanto quanto desastrosa.

Quando tudo parece perdido, Homens-Aranhas de outros universos paralelos começam a aparecer no Brooklyn, assim, o Peter Parker de outra dimensão, a Mulher-Aranha, o Aranha-Noir, Peni Parker e até o Porco-Aranha se juntam à Miles para enfrentar o Rei do Crime.

Cada um desses Homens-Aranha, possuem características diferentes, uma vez que são de universos e formatos de animação diferentes, os que mais se assemelham são o próprio Miles, Peter e Gwen, porém Peni Parker é uma personagem de animação japonesa, com traços bem característicos dos mangás, Aranha-Noir possui aquele clima investigativo em preto e branco, enquanto o Porco-Aranha é um personagem cartunesco. É um grande acerto a forma com a qual encontraram para unir todos esses diferentes estilos de animação em uma coisa só, sempre respeitando as características principais de cada estilo e brincando com eles, como é exemplificado na curiosidade do Aranha-Noir por um cubo mágico.

Os personagens funcionam muito bem juntos, apesar de suas diferenças, pois as similaridades que dizem respeito á jornada de cada um é bem parecida e somente aquelas pessoas conseguem de verdade saber as vantagens e desvantagens de trajarem a roupa de Homem-Aranha, afinal todos eles compartilham um trauma em comum.

A animação possui um estilo muito diferente que lembra muito páginas de quadrinhos, as cores são extremamente vibrantes, chegando a parecer um tanto quanto psicodélicas, as cenas de ação são incríveis e inventivas, tudo é muito fluído, mas o filme não se atropela, há tempo para desenvolver Miles e não há pressa para fazê-lo.

Há diversas surpresas envolvendo os capangas do Rei do Crime, sobre as quais não citarei para não estragar a experiência de ninguém, o que provoca uma sensação única de nostalgia para quem cresceu lendo as histórias do teioso ou assistindo às animações que passavam na TV. Diversos easter-eggs super divertidos sobre os filmes já lançados aparecem em tela, um em específico me fez gargalhar durante o filme a infame dancinha. Além desses atributos, a animação conta com uma trilha sonora espetacular no nível da trilha de Pantera Negra e isso não é pouca coisa!

“Homem-Aranha: No Aranhaverso” é sem dúvidas a melhor participação do cabeça de teia no cinema, sim, estou falando que a animação superou tudo o que nos foi apresentado sobre o personagem no cinema até agora, mereceu o prêmio que recebeu no Globo de Ouro e é a minha aposta certeira para o Oscar de melhor animação do Ano! Saia desse blog, compre seu ingresso, bastante pipoca e se entregue às emoções que essa animação vai te fazer sentir!

Quantos cafés “Homem-Aranha: No Aranhaverso” merece?