Olá, no post de hoje vou responder uma TAG criada pelo Rodrigo do canal Rodrigo e os livros com alguns pitacos meus. Quem me conhece, sabe que eu sou “Testemunha de ID”, eu sou aquela pessoa chata que vai bater na sua porta às 8:00 da manhã para te apresentar a palavra da minha banda indie rock favorita, tenho alguns cases de sucesso tais como a dona Jeniffer Geraldine do maravilhoso Crônicas de uma leitora (o visual novo do blog e das redes sociais dela está incrível) e agora o menino Rodrigo.
Mas essa TAG não é só para divulgar o trabalho da banda e nem só para eu ganhar meu percentual nos streaming como revendedor oficial da palavra dos dragões (gente, Luke está tentando ser engraçadinho no post, alguém para esse menino). Dia desses eu estava conversando com o Rodrigo sobre pessoas que possuem publico e poderiam utilizar suas vozes para falar sobre coisas realmente relevantes, a conversa foi se desenrolando até chegarmos no tópico do “pink money”. Para quem não conhece a expressão, “pink money” é um termo criado para definir o dinheiro gasto pelo público LGBT, mas não somente o dinheiro, a divulgação dos trabalhos dos artistas nas redes, os plays nos serviços de streaming e até o tempo gasto para criar memes temáticos da rainha Gretchen entram na categoria de gastos da moeda LGBT e desse assunto surgiu um outro tópico: artistas que vira e mexe dizem apoiar a comunidade LGBT e é isso mesmo, ficam só no papo, nas campanhas de marketing para grandes marcas e nos jargões intrínsecos da comunidade para divulgar um novo single, mas quando a chapa esquenta e são cobrados posicionamentos acerca de assuntos de suma importância para a comunidade, preferem não se pronunciar à respeito.
E foi aí que chegamos à banda Imagine Dragons na nossa conversa, mais diretamente ao frontman Dan Reynolds, um homem branco, hétero, rico e que no alto de sua montanha de privilégios faz mais pela comunidade LGBT do que muitos(as) falastrões(onas) por aí. Para você ter uma noção, o artista faz parte da organização de um festival onde toda a renda é revertida para projetos da causa, lançou um documentário sobre a relação da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e recentemente disse em uma matéria que sua missão de vida é acabar com o suicídio de jovens LGBT’s. Foi aí que o Rodrigo decidiu criar a TAG, pois ficou incomodado com o fato de haver tantas TAG’s literárias com nome de artistas que não são nada mais que ativistas de telão. Sem mais delongas, bora responder a TAG que foi formulada com perguntas relacionadas às faixas do mais recente lançamento da banda, o álbum “Origins”!!!!
NATURAL – Um livro com um personagem fodão.
Lisbeth Salander é a personificação de personagem fodão, quando você busca esse termo no dicionário de leituras do Luke aparece uma foto da personagem como definição. Para quem não conhece, Lisbeth é uma personagem do autor e jornalista Stieg Larsson e aparece em sua trilogia Millenium, ela é uma hacker que salva a bunda do Mikael Blomkvist em todas as situações perigosas nas quais ele se mete e ainda encontra tempo para fazer a coisa mais importante que uma pessoa poderia fazer na vida ao lado de escrever um livro, plantar uma árvore e ter ou adotar uma criança: fazer macho escroto sofrer e pagar pela escrotice! Lisbeth Salander é 10/10, comece lendo “Os homens que não amavam as mulheres” para conhecer essa personagem incrível de Stieg Larsson.
BOOMERANG – Um livro que vira e mexe você faz uma releitura.
Eu me descobri apreciador de poesia depois de ler o “Cantigas de Ninar Dragões” do autor Rogério Bernardes. A poesia dele é tão sincera, crua e verdadeira que é impossível não se apaixonar pela escrita do autor, além disso, há diversos poemas do Cantigas e do seu lançamento mais recente “Cinzas de Fazer Fênix” que eu acabei tomando para mim, pois conversaram muito bem comigo. Releio alguns dos poemas nos dias que preciso de algum afago na alma, ou também de um puxão de orelha, tem sido um exercício incrível e eu super recomendo que encontrem algum livro de poesia que fale com você e sempre mantenha ao alcance da mão e do coração.
MACHINE – Uma leitura de resistência.
Eu vou indicar a minha última leitura de resistência que fiz, o incrível “As Fúrias Invisíveis do Coração” do autor John Boyne. No livro, acompanhamos a vida de Cyril Avery desde a sua concepção até sua velhice, inserido em uma época onde a Irlanda dominada pela religião, abominada a homossexualidade, a sexualidade e o poder feminino. Eu não vou me estender muito sobre esse livro, pois pretendo publicar minhas impressões sobre ele aqui em breve, mas desde já digo que é uma leitura extremamente necessária! Obrigado pela indicação Rodrigo, inclusive tem um vídeo sobre o livro lá no canal dele!
COOL OUT – um livro que te trás conforto para a alma.
Mesmo que você não se encaixe onde supostamente deveria, mesmo que as pessoas que você mais ama não te retribuir amor de forma incondicional e recíproca, você sempre vai encontrar um lugar feito para você, com pessoas que te amem pelo que você é, que não colocarão condições no ato de amar, que te entregará mais do que você dá sem exigir nada em troca. Você sentiu ai um conforto na alma? Essa é a temática principal de “Um Milhão de Finais Felizes” do autor Vitor Martins, um livro incrível que vai te fazer entender que nem sempre a melhor família é aquela construída por laços biológicos, podemos encontrar amor em outros lugares, com outras pessoas, com reciprocidade, aceitação e sem condições, exclusões ou anulações.
BAD LIAR – Um livro que te falaram que era ótimo mas não é.
Eu provavelmente serei crucificado nessa, então vou falar bem rapidinho e quem amou o livro por favor não me xingue: “A amiga genial” – Elena Ferrante.
WEST COAST – Um gênero que é seu porto seguro
Meu porto seguro, por mais estranho que pareça, é o quarto mal assombrado, a floresta assombrada, os ruídos da porta do quarto…O terror sempre foi o meu gênero favorito, pois é super interessante ver como o ser humano reage em uma situação extrema, o quanto as pessoas se transformam para o melhor ou para o pior, é uma coisa antropológica saca?
ZERO – Um livro que virou um ótimo filme.
Temos um problema aqui, pois sabemos que nenhum filme jamais chegará aos pés de seu material fonte, porém, como ZERO é uma música super divertida, acabei associando à minha experiência de conferir a adaptação de “Jogador Número 1”, cujos defeitos são os mesmos do livro, logo foi uma boa adaptação e com certeza um filme pra assistir comendo muita pipoca, tomando muito refrigerante e rodeado de amigos!
BULLET IN A GUN – Um exército literário para derrotar um opressor.
Tiro, porrada e bomba! Meu time dá de 10 a 0 na squad da Taylor, anota aí: Lisbeth Salander para hackear os robôs mensageiros do opressor e ensinar que de frágil o sexo feminino não tem porra nenhuma, Holly Gibney para investigar e expor todos os laranjas da República das Laranjas, Edgar Wilson para fazer o trabalho bruto, Roland Deschain para mirar com o olho, atirar com a mente e matar com o coração e Feiticeira Escarlate para fazer o pronunciamento oficial: NO MORE PREJUDICE.
DIGITAL – O primeiro livro digital que você leu.
Eu não faço a mínima ideia, mas o mais recente foi “Entre Rinhas de Cachorros e Porcos Abatidos” da autora Ana Paula Maia e eu recomendo que você leia até a lista de compras dessa mulher!
ONLY – Um livro que você levariam em uma longa viagem.
Como eu estou na missão de ler a saga “Duna” do autor Frank Herbert e os livros são extensos, complexos, porém de leitura deleitosa, provavelmente levaria todos os volumes no meu e-reader para não correr o risco de ser taxado por excesso de peso de bagagem.
STUCK – Um livro no qual você empacou.
Eu sinceramente não lembro qual foi o último livro que eu empaquei de verdade, mas posso dizer que demorei mais tempo do que o normal para ler “A Obscena Senhora D” da Hilda Hilst.
LOVE – Um livro que mostra como o ser humano deu errado.
Não só o ser humano, como também todo o nosso modelo de sociedade deu errado em “Enterre seus mortos” da autora Ana Paula Maia. “Enterre Seus Mortos” é uma obra importantíssima e instantaneamente um clássico por ser um retrato fiel, um fruto de seu tempo, um tempo de desesperança, incertezas, frieza, de céu cinza e inerte. LEIA!!!
BIRDS – Um livro que te leva para outro mundo.
Quando eu li a série “A Torre Negra” do Stephen King eu fiquei um pouco maluco, comecei a ver o número 19 em tudo, fiquei escutando o som da rosa me chamando e comecei a desejar longos dias e belas noites para os meus amigos do Mundo Médio. É uma leitura incrível, complexa e que vai te dar alguns spoilers de outras obras do King se você decidir ler a saga sem conhecer alguns livros dele antes.
BURN OUT – Um livro que te esgotou.
Os livros que eu consegui finalizar da série “As Crônicas de Gelo e Fogo” e quem já leu sabe muito bem o motivo né?
REAL LIFE – Um personagem que você traria para a vida real.
Nesse momento eu traria a June do “O Conto da Aia” para que ela como emissária do futuro possa passar a mensagem definitiva que o pessoal parece ainda não ter entendido, principalmente as mulheres que votaram em um homem que as considera como fruto de uma fraquejada.
Essas são as minhas respostas para a TAG, espero que tenham gostado! Não deixe de comentar suas impressões aqui e caso for responder a TAG em suas redes sociais, me marque @umcafecomluke e marque o @rodrigoeoslivros para que possamos acompanhar suas indicações. Um abraço e até o próximo café!!
Eu tô no chão com essas respostas!!! Lisbeth é do caralho!!! Eu não sei ler poesia, preciso resolver isso. Um milhão de finais felizes realmente dá uma esperança enquanto Enterre seus mortos se sustenta na falta dela. Seu exército tá incrível. Eu li duas vezes A Torre Negra e acho que está na hora de reler. E concordo, June faria um bem enorme se fosse colocada no nosso mundo. Aliás ouso dizer que existem milhares de Junes, mas as pessoas insistem em silenciá-las… Adorei suas respostas!
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Estou junto em “A Amiga Genial”, amigo. Não é nada genial. hahaha Amei as respostas, essa tag linda e o fato de você ter se lembrado de mim. Obrigada, Luke, você é um lindo! ♥
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