Em 2016, Bruno Moraes criou o Octobit, um desafio para estimular a produção de ilustrações em pixel art durante o mês de Outubro. “Porco (00)” surgiu apenas em 2018 como parte desse mesmo desafio, o artista ilustrou o progresso de seus personagens, um quadrante de cada vez durante um mês, período no qual também abriu a campanha de financiamento no Catarse, e lançou o quadrinho na CCXP no final daquele mesmo ano.
Na trama, Roger e Eugênio são um casal de astronautas imersos em uma missão espacial para coletar alguns itens bem específicos, neste ponto da estória, resta apenas um desses itens a ser coletado, a ocimum basilicum, uma espécie de planta. Quando chegam à um novo planeta e se vêem bem próximos de coletar o item, surge um impasse: seria muito arriscado levar o Porco, mascote da Porco Corp, para se aventurar nesse lugar desconhecido?
Como precisam concluir a missão e consideram muito perigoso levar o Porco consigo, Roger e Eugênio desbravam o novo planeta, enquanto Dr. One, o computador de bordo ultrapassado e orgulhoso de seu mestrado cumpre a tarefa de ser a babá do Porco. Enquanto Roger deixa evidente a sua preocupação com o estado do Porco, Eugênio foca completamente na missão, juntos eles vão desvendando o planeta e suas criaturas estranhas enquanto procuram a ocimum basilicum que parece estar cada vez mais próxima, ou seria somente um mal funcionamento do detector? Paralelamente à exploração dos dois, acompanhamos Dr. One se virando na missão de cuidar do mascote da equipe, missão essa que se prova bem mais difícil do que parecia ser.
Logo que a campanha no Catarse apareceu na minha timeline, provavelmente no Twitter, fui obrigado a apoiar o projeto, pois a arte do Bruno é bem diferente do tipo de quadrinhos que costumo consumir e me encheu os olhos pela beleza e “simplicidade” da técnica. A arte do Bruno é linda, se você gosta de pixel art, vai se apaixonar com toda a certeza.
Os pequenos detalhes das ilustrações, a construção de mundo, de cada quadrante e das criaturas extraterrestres são muito bem feitas, imagino o quão difícil deve ser construir um trabalho assim. A dedicação do artista é frutífera e, além de uma arte linda, gostei bastante da trama, mesmo que curtinha, e o desfecho dela é simplesmente perfeito, esta é uma daquelas histórias que dão um quentinho no coração.
E esse quentinho no coração e conforto que a leitura transmite, creio não ser somente um efeito da nostalgia que a pixel art evoca por si só, há também o elemento da representatividade e pluralidade no quadrinho, elementos dos quais eu tenho estado mais atento em todas as minhas leituras e recomendo para que você também esteja, pois o nosso mundo ou os mundos além desse não são constituídos de espécies idênticas, todos nós possuímos nossas particularidades, são elas que fazem de nós o que somos e são essas particularidades que tornam as relações, pessoas e civilizações terráqueas ou não tão interessantes.
Quantos cafés “Porco 00” merece?
Mais um que quero ler, mas, assim como Passanel não sei quando vou conseguir… #aculpaédoLuke
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Eu sou novo no wordpress… gostei demais do seu blog! tem MUITO gibi que nunca vi!
amo SCIFI! esse deu muita vontade de ter! abraço
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Fico feliz que tenha gostado Zechs, sempre apareço com alguma dica de quadrinhos por aqui, pois amo essa mídia.
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