SÉRIE: LOCKE AND KEY – 1ª TEMPORADA

“Locke & Key” é uma série original da Netflix que adapta a série de quadrinhos homônimos de Joe Hill. Misturando drama com fantasia e terror, a série tem episódios dirigidos por Michael Morris, Vincenzo Natali, Tim Southam, Mark Tonderai e Dawn Wilkison, com atuações de Darby Stanchfield, Connor Jessup, Emilia Jones e Jackson Robert Scott.

Na trama, após o trágico assassinato de seu marido, Nina Locke (Darby Stanchfield) decide se mudar com seus filhos Tyler (Connor Jessup), Kinsey (Emilia Jones) e Bode (Jackson Robert Scott) para Keyhouse, a ancestral residência da família Locke.

Fragilizados com a morte cruel e brutal de Rendell Locke (Bill Heck), a família Locke tenta seguir em frente em uma nova cidade e em uma nova casa que precisará de um tempo para ser considerada um lar, uma vez que a essência da palavra encontra-se em pedaços.

Enquanto a matriarca, Nina se encarrega de restaurar a residência enquanto também restaura aos poucos sua alma fragilizada pelos eventos que enfrentou recentemente, Bode, o caçula da família investiga os mistérios da KeyHouse e seus dois irmãos mais velhos Tyler e Kinsey lidam com o luto e com dramas intrínsecos às suas fases de vida, a adolescência.

Em meio às aventuras de Body pela gigante e velha mansão, ele é misteriosamente chamado por vozes que parecem sempre vir de chaves que abrem portas da residência. Nem as chaves e nem as portas são comuns, cada uma possui uma função diferente e permite uma abertura de um portal diferente, seja ele para uma realidade espelhada onde você pode se perder para sempre e terminar louco, para dentro de sua própria mente onde você pode consultar suas memórias ou tomar decisões perigosas que vão refletir em seu comportamento para sempre, ou ainda para qualquer lugar do mundo.

Eu nem preciso dizer que, com grandes poderes vem grandes responsabilidades, pois o filósofo Ben Parker já deixou essa questão bem clara inúmeras vezes, embora, aparentemente nenhum dos Locke tenha lido um quadrinho ou assistido um dos inúmeros filmes do Homem-Aranha.

Brincadeiras a parte, Bode não tarda a descobrir que ele não é a única pessoa interessada na magia proporcionada pelas chaves, Dodge (Laysla De Oliveira) é uma perigosa mulher disposta a fazer de tudo para conseguir essas chaves, tudo MESMO! Como era de se esperar, os irmãos do Bode possuem certa dificuldade em acreditar na história do irmão, quando o caçula decide contar a verdade sobre as chaves e sobre a mulher maligna que o está ameaçando, porém, com o passar do tempo, os outros Locke, vendo com os próprios olhos, passam a dar crédito ao caçula e se auto-denominam protetores das chaves.

Conforme descobrem os segredos das chaves, os jovens Locke também desvendam mistérios acerca do passado de seu falecido pai, segredos que os fazem entender melhor não só as chaves, como também as circunstâncias misteriosas que causaram sua morte, sendo a peça central de tudo isso, a terrível Dodge.

Os episódios são construídos de forma instigante, sendo quase que impossível finalizar um episódio sem querer conferir o próximo, a trilha sonora e os efeitos especiais estão ótimos e tudo que envolve os mistérios por trás das chaves é extremamente satisfatório e mágico, o elemento que coloca a série para baixo são os personagens e suas atitudes extremamente burras, até mesmo para adolescentes.

Kinsey e Tyler, que são os irmãos mais velhos de Bode, me trouxeram irritação em diversas vezes com suas atitudes infantis e extremamente burras, ora beirando a estupidez, ora o próprio suco da polpa da arrogância adolescente. E não pense que há um arco onde os personagens amadurecem não, eles permanecem burros até o último minuto, fazendo com que diversas vezes eu torcesse pela Dodge. Um outro ponto que não me agradou na série foi a decisão de sacrificar a construção do universo em troca de uma construção de dramalhão adolescente desnecessária e beirando o ridículo.

DEIXA EU FALAR KINSEY

Contudo, eu não diria que a série é ruim, pelo contrário, foi um entretenimento ótimo e até me despertou a vontade de ler os quadrinhos, vontade que morreu assim que fui checar os preços, porém, eu esperava algo mais adulto, com maior profundidade, levando em conta o quão o material fonte é bem avaliado. Eu não li os quadrinhos, então não posso afirmar isso, mas creio que o material original é bem diferente da série nesse quesito, mesmo assim, estou curioso por uma segunda temporada, como eu disse, foi um ótimo entretenimento e pode ser que esses problemas sejam sanados em uma segunda parte.

“Locke & Key” é uma ótima série para assistir com os amigos comendo pipoca na sala, ou para assistir enquanto se faz outra coisa, não é um conteúdo criado para te fazer pensar, é um conteúdo criado para você apenas passar por ele, e tudo bem!

Quantos cafés a primeira temporada de “Locke & Key” merece?

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