“A gente dá certo”, lançado no final do ano passado pela Editora Nacional é um sucesso da dupla Sandy e Junior o romance de estreia do autor Pedro Poeira, que já possui outras histórias curtas lançadas como “Adivinha quem não voltou pra casa” (Independente, 2020) e “Quantas Novalginas você já tomou hoje?” na coletânea “As Crônicas da Unifenda” (Plutão, 2020).
Na história, Caetano é um jovem gay, gordo e muito apegado à sua avó Cecília, que é uma avó incrível, além disso ele é artista e desenvolve uma webcomic financiada pelo Catarse. É no Natal que Caetano descobre que sua família pretende colocar a avó em uma casa de repouso por julgarem que seus comportamentos são inadequados para a sua idade e por não terem tempo para observá-la de perto depois que o patriarca da família faleceu.
Além disso, o garoto também descobre que a avó teve um amor antigo e duradouro de verão com um tal de Didi, não demora muito para a cabeça de Caetano ligar a + b e resultar em c de confusão. Juntando 1 + 1 e somando 4, Caetano decide encontrar Didi, pois caso ele consiga fazer com que ele se reencontre com sua avó e juntos retomem a relação, o problema de não ter quem cuide de Cecília e observe o comportamento não condizente com a idade seria resolvido e a avó estaria feliz e longe de uma casa de repouso, certo?
Para essa missão, Caetano convoca seu melhor amigo Júlio para dirigir até Ubatuba e trazer Didi para os braços de Cecília. Durante o trajeto, por diversas vezes, o clima entre os dois pesa um pouquinho pois Júlio não quer falar sobre o seu mais recente rompimento amoroso e Caetano quer entender o motivo pelo qual Júlio se mostra tão reticente em se abrir sobre o assunto com seu melhor amigo.
A busca acaba levando os garotos para uma pousada, pousada da família de Didi (Dionísio), porém, chegando lá encontram Maria, irmã do Dionísio, e descobrem que ele faleceu há algum tempo. Uma tempestade cai, não só com a notícia de que não vão conseguir fazer um delivery do grande amor da vida de dona Cecília, mas também com muita água, raios e trovões, afinal estamos falando de Ubachuvatuba. Diante da decepção que causou nos jovens com a notícia e com as condições meteorológicas, Maria convida os garotos a passar uma noite em um quarto vago da pousada e conta algumas história da infância e aventuras com Cecília.
Com seus planos frustrados, Caetano precisará encontrar alguma outra forma de evitar a internação da avó e, como se essa questão já não fosse dar trabalho o suficiente, ele também vai precisar desfazer a merda do clima feio que vai se criando com Júlio durante a viagem, diante das suas tentativas tortas de conseguir fazer com que o amigo toque em assuntos sensíveis.
Pedro tem essa característica de criar personagens tão interessantes e extrovertidos, que é quase que impossível não sentir carinho por eles, outra característica é a de trazer personagens mais velhos para as suas histórias, subvertendo ideias pré-concebidas de como pessoas com determinadas faixas etárias deveriam se comportar. A leitura de “A gente dá certo” é muito gostosa e fluída e as reviravoltas da trama são muito boas, esse livro entrou para a minha categoria de livros para ler em um dia ruim, é praticamente uma dose de felicidade e quentinho no coração instantâneos.
Quantos cafés “A gente dá certo” merece?
Se eu fosse leitor certamente leria esse livro depois dessa resenha 🤣
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Mas você não é só leitor, como é uma das minhas referências, faça-me o favor!
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Olha sóoooo quem voltou! E voltou com aquele super bom humor que eu gosto. ❤
Eu recebi esse livro no Skeelo. Ele já estava na minha lista e depois dessa resenha, vou ler sim. Gostei do fato de ter personagens mais velhos.
Continue por aqui!
bjs
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Jeniiiii, esse livro é perfeito pra dar uma pausa pra respirar de toda a loucura da rotina sabe? A história é muito boa e as surpresas mais ainda!
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